sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Café com Sting


Quero pular na sua cama, descobrir o frio calçando suas meias, descobrir seus pés e derrubar a sua xícara de café. É, eu quero derrubar todo seu café a não ser que você deixe que o café seja eu. Que seja eu o pó sabor extra forte. Quero me liquefazer na sua água quase fervendo. Ser o cheiro gostoso da manhã. O primeiro cheiro. A primeira lembrança do dia. Lembrança amarga e doce na boca... Repedida. Quero queimar a sua língua sendo saborosa. Certo mesmo seria se eu fosse a música escolhida para acompanhar o café derramado. Escolhida a dedo, a melhor canção, a primeira do dia, arranhada na mente o restante da noite. Arranhando a pele, o ouvido no tempo necessário, bem afinado, desafiadoramente. Que eu seja as cordas desafinadas. Desafio você a me afinar, no melhor que puder ser e tirar o melhor som do meu corpo. A melhor escala aquecendo seus dedos. Em bemol melódico e dolorido num gostoso dedilhado, apurado e firme e tenso e denso... Deixe Sting como a segunda canção....

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