segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Displicente

Tão forte, tão dona de mim e tão solitária. Para que tanta coerência. Quero jogar fora as inutilidades e ficar com o que não é certo, se é que não é certo.
O mundo vai se repetindo a girar. E eu que esperava que a força da gravidade fosse acabar no tempo em que eu amava.
Agora sou displicente. Que delícia ser displicente. Gosto do sabor das palavras - dis - e vou mordendo - pli - os pedaços - cente. Sente? Delícia esquecer, assustar e reconhecer uma saudade fantasma de vontade de viver.

5 comentários:

  1. A gente se assusta e surpreende com as cartas que tem na manga.

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  2. "saudade fantasma de vontade de viver" é interessante quando a gente olha e percebe que um dia a gente já teve essa vontade toda e que agora a gente vive, de verdade, sem tanta vontade assim, muito mais natural e melhor.

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